Tentar traduzir em palavras o que se sente e vive em jornada não é uma tarefa muito fácil, mas vou tentar fazê-lo.
Por vezes, ou quase sempre, na agitação quotidiana da nossa vida em que o ritmo é acelerado, a correria é tal que há que cumprir horários e obrigações no trabalho, em casa, e ainda outros compromissos, os dias passam e, nesta turbulência, a reflexão introspectiva sobre nós mesmos e o que/quem nos rodeia parece ser uma tarefa difícil de cumprir e vai ficando discretamente para trás, face a todos os afazeres diários. Assim, sendo a felicidade o objectivo máximo para a realização de cada um ,o que fazer para ser feliz? Parece que não há disponibilidade para pensar numa resposta a esta pergunta e vai-se "vivendo um dia de cada vez".
Dia 12 de Junho de 2010, para mim e muitos outros, esta correria ficou em "modo pausa". O Monsenhor Bastos partiu para a casa d'O Pai e, apesar de toda a tristeza e saudade que a morte de alguém querido provoca, faz-me sempre questionar o sentido da vida enquanto seres humanos que somos...
Estava na Igreja de S. Pedro nessa noite, quando o Pe. Moisés aparece e logo um grupo de jovens se aproxima para rezar o terço. Ali rezámos o terço em conjunto, para mim era a primeira vez, foi assim o início da minha jornada.
Se me perguntarem o que me motiva a participar nesta caminhada, a minha resposta é que o sentido da vida, enquanto Pessoa, é o Amor. o Amor por nós próprios e pelos outros. A vida só tem sentido porque existimos em comunhão com O Outro, e é nesta relação interactiva que descobrimos o Amor e cuidamos uns dos outros. Assim, se o que dá sentido à vida é o Amor e se Deus é Amor, então o que dá sentido à nossa vida é Deus. É na busca de encontrar Deus todos os dias na minha vida e na entrega ao próximo, que me proponho a esta peregrinação. Como disse o Pe. Carlos Caetano na XXV, peregrinar "é deixar de dar tempo às coisas urgentes, para dar tempo às coisas importantes". E é na certeza de que a alegria de viver está no dar e dar-se, que "roubo" tempo às obrigações diárias da minha vida, para dar tempo ao encontro com Deus.
Relativamente à experiência da jornada, sinto uma agradável surpresa e um feliz contentamento em perceber que no universo de jovens que estamos em jornada, apesar da individualidade de cada um neste conjunto diversificado de pessoas, Deus unifica-nos no amor, na fé e na caridade. e isto concretiza-se na adesão e participação a cada dia 12, nas vendas, nas missões de rua... parece que "há qualquer coisa em nós que nos faz querer.... acreditar/ ser alguém".
Na certeza de que chegar ao destino da jornada não significa conclui-la, há muitos caminhos por percorrer. As estradas estão desertas, há peregrinos no caminho?
Abraço, até dia 12!
Catarina Ângelo
Por vezes, ou quase sempre, na agitação quotidiana da nossa vida em que o ritmo é acelerado, a correria é tal que há que cumprir horários e obrigações no trabalho, em casa, e ainda outros compromissos, os dias passam e, nesta turbulência, a reflexão introspectiva sobre nós mesmos e o que/quem nos rodeia parece ser uma tarefa difícil de cumprir e vai ficando discretamente para trás, face a todos os afazeres diários. Assim, sendo a felicidade o objectivo máximo para a realização de cada um ,o que fazer para ser feliz? Parece que não há disponibilidade para pensar numa resposta a esta pergunta e vai-se "vivendo um dia de cada vez".
Dia 12 de Junho de 2010, para mim e muitos outros, esta correria ficou em "modo pausa". O Monsenhor Bastos partiu para a casa d'O Pai e, apesar de toda a tristeza e saudade que a morte de alguém querido provoca, faz-me sempre questionar o sentido da vida enquanto seres humanos que somos...
Estava na Igreja de S. Pedro nessa noite, quando o Pe. Moisés aparece e logo um grupo de jovens se aproxima para rezar o terço. Ali rezámos o terço em conjunto, para mim era a primeira vez, foi assim o início da minha jornada.
Se me perguntarem o que me motiva a participar nesta caminhada, a minha resposta é que o sentido da vida, enquanto Pessoa, é o Amor. o Amor por nós próprios e pelos outros. A vida só tem sentido porque existimos em comunhão com O Outro, e é nesta relação interactiva que descobrimos o Amor e cuidamos uns dos outros. Assim, se o que dá sentido à vida é o Amor e se Deus é Amor, então o que dá sentido à nossa vida é Deus. É na busca de encontrar Deus todos os dias na minha vida e na entrega ao próximo, que me proponho a esta peregrinação. Como disse o Pe. Carlos Caetano na XXV, peregrinar "é deixar de dar tempo às coisas urgentes, para dar tempo às coisas importantes". E é na certeza de que a alegria de viver está no dar e dar-se, que "roubo" tempo às obrigações diárias da minha vida, para dar tempo ao encontro com Deus.
Relativamente à experiência da jornada, sinto uma agradável surpresa e um feliz contentamento em perceber que no universo de jovens que estamos em jornada, apesar da individualidade de cada um neste conjunto diversificado de pessoas, Deus unifica-nos no amor, na fé e na caridade. e isto concretiza-se na adesão e participação a cada dia 12, nas vendas, nas missões de rua... parece que "há qualquer coisa em nós que nos faz querer.... acreditar/ ser alguém".
Na certeza de que chegar ao destino da jornada não significa conclui-la, há muitos caminhos por percorrer. As estradas estão desertas, há peregrinos no caminho?
Abraço, até dia 12!
Catarina Ângelo
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